Osvaldo Jefferson – e-mail: odlavsojeff@hotmail.com
Professor, Turismólogo, Colunista
Professor, Turismólogo, Colunista
Aulas e provas. Vidas opostas. Aprendizagem ou notas? Em que se resume ou integra um curso de línguas ou outro curso que possua curto tempo de duração? Professores metódicos, afobados, loucos, sinceros, sorridentes, mal-humorado, compreensíveis e até o que a maioria diz “mal-amados”. Há “mestres” de todos os tipos, mas a única certeza... jamais agradarão todos com a mesma intensidade. Isso por quê? Gente... mexendo com gente. Como no dito popular “o santo não bateu” – isso é a justificativa para a falta de contato, mas se não conversar, permitir conhecer-se e conhecer os outros, o santo jamais baterá.. Indivíduos de distintos níveis sociais, escolares, faixas etárias, criações, valores religiosos e culturais. Assim... a sala de aula parece um “baú”, onde são guardadas muitas lembranças, sonhos, receios e desejos, mas este “arquivamento” é feito aula após aula, dia após dia, resultante de opiniões, erros, acertos, gafes, comentários agradáveis e desagradáveis. No entanto, todos são importantes, pois revelam parcialmente cada um de seus enunciadores. Opa! E aqueles que falam quase na durante a aula? Eles se revelam pelas ações, geralmente sutis e cabe a cada um dos colegas perceberem a sabedoria do seu silêncio como também notar a perspicácia dos falantes, pois a maioria dos “conversadores” que promovem vida nas aulas, norteiam as discussões, estimulam os professores e, apesar de algumas vezes estarem atrapalhando, são o que chamamos de - “mal necessário”. Necessário mesmo. Imagine uma sala de “alunos da TV”, que não tem dificuldades de aprendizagem, não tem dúvidas, estão sempre limpinhos, o cabelo... “intacto” e ainda são educados o tempo todo. Fala sério!!! Isso não dá “T” em nenhum professor. Pois bem. Caro leitor... a intenção maior desses letras dispersas no papel não é somente instigar em cada um dos alunos a necessidade de aprender e/ou aproveitar o tempo em sala de aula (disso, todos nós sabemos), mas sim, fazer com que percebamos quem são nossos colegas de sala, o que pensam, de que forma aprendem mais fácil, como um pode ajudar o outro. Poxa! Somos seres sociáveis. Que coletividade individual é essa? mesmo no fim do semestre, ninguém sabe o nome do outro? Absurdo ou não? é a realidade. Temos telefone de um ou dois “colegas”. E-mail para que?... nem sabemos o nome, quem dirá o endereço eletrônico. Ei! Psiu! Acorda! Amizade, companheirismo nunca é demais. Já parou para pensar... talvez até o amor da sua vida possa estar no mesmo espaço que Você. E vai deixar passar... por descaso, falta de interesse ou “burrice” mesmo. Saia dos limites da sua cadeira, seu “cantinho órfão”, partilhe e conheça seus colegas de sala. Aproveite o que estão aprendendo e estudem juntos. Desafiem a lei do egocentrismo e do narcisismo. Tenho certeza que para comentar sobre roupas, estilos, gostos ou “gafes” de alguém da sala, todos nós temos um tempinho ou um parecer, mas para perguntar como foi seu dia ou como posso te ajudar... pouquíssimas vezes vimos isso em sala ou fora dela. Então... “defeneste” seu orgulho próprio ou seu preconceito. Abra a mente e o coração e veja que ao seu redor. Há mais do que Você espera e seus colegas podem te oferecer mais do que precisa.Olha! Nesta ou em outra turma que você venha a conviver, sempre haverá alguém que não vai te esquecer e talvez “orará rezando” ou “rezará orando” pelo seu sucesso. Então, ajeite no seu baú um cantinho para ela, pois você já foi “arquivado” como uma boa lembrança e/ou uma pessoa simplesmente... inesquecível.