quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

VERBOS DO AMOR

Quero...


Esperar-te

Ver-te

Buscar-te

Gostar-te

Ter-te

Abraçar-te

Beijar-te

Amar-te

Feriu-me

Apaixonei-me

Tornei-me bobaste.





terça-feira, 25 de janeiro de 2011

VERSUS VS. VERSOS


SER POETA...
É arrancar de dentro de si a alma,
Deturpar a mente em devaneios,
Sangrar o espírito pela caneta.

SENTIR-SE POETA...
É ver seus versos publicados,
Ter seu nome reconhecido,
Entre dementes e conscientes.

FAZER-SE POETA...
É extravasar sensações,
Trocar um beijo por um desejo,
Transformar decepções em versificações.

SER, SENTIR-SE E FAZER-SE POETA...
É ter a sensibilidade feminina,
A racionalidade masculina
E a sutileza de uma rima.

CANETA-PAPEL



A caneta-papel!
O papel!...
A caneta!...
Assim como...
O pincel!
A tela!
Estranhamente,
Construo sonhos
Como criança...
Sorriso estampado!
Olhos brilhantes!
Cabeça confusa!
Ebulição de ideias!
Cada bolha estourada?...
Um verso imaginado!
Isso porquê?
Houve insônia?
Ouvi a razão?
Simplesmente,
Caneta e papel na mão.
Aqui estão. Há questão?
O papel!...
A caneta!...
O papel-caneta!

SUA ARTICULAÇÃO

O prazer mais delicado é o de dar prazer a alguém
Jean de La Bryère


Pelos bilabiais de seus beijos,
Velô pela surdez de suas fricativas,
Modo de articulação simples,
No seu ponto de vibrantes oclusivas.

Constritivas do bucal ao nasal,
Sufoco as orais nas sonoras reprimidas,
Labiodentais sussurro seu nome,
E grita as múltiplas enlouquecidas.