segunda-feira, 21 de março de 2011

Britânia pelo lago das Letras

Vi(ve) em mim...

O poeta aprendiz,
O turismólogo viajado,
O amigo solidário,
O terapeuta animado
E o professor empolgado


     Osvaldo Jefferson da Silva, o mais novo poeta britaniense, adotou o pseudônimo de Hevaiel Victorius. Filho de Ana Rodrigues de Araújo dos Reis (Professora) e Osvaldo Pedro da Silva (Comerciante) aprendeu desde a infância conviver com as diferenças, pois foi criado com seis irmãos de princípios e idades díspares. Nasceu em Britânia-GO, em 1984, realizou seus estudos acadêmicos na Universidade Estadual de Goiás – Unidades de Jussara e Cora Coralina. Atualmente é Professor da Secretaria da Educação do Estado de Goiás no Colégio Estadual José Résio da cidade Goianápolis e Coordenador Pedagógico do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE), em Goiânia.

     Letrado, Literato, Turismólogo, Especialista em Linguística e Língua Portuguesa e Pós-graduando do Curso de Especialização em Formação de Professores para a educação de pessoas surdas divide sua trajetória de vida entre sua infância silenciosa e seu despertar acadêmico-literário. Mesclam em sua essência as águas do Lago dos Tigres e as turbulências do Rio Araguaia, mas, atualmente, reside na capital do estado de Goiás – Goiânia.

     Este autor busca inovar a estética literária do poema, através de seus malabarismos linguísticos e construções arquitetônicas de palavras. Sua primeira obra literária completa Versos cu[r/l]tos foi lançada no II Encontro Literário do Gama-DF, no Museu de Arte de Britânia (MABRI) e no Projeto Literatura em Cena em Jussara-GO como convidado da Universidade Estadual de Goiás (UEG) em outubro de 2010.

     Este livro trata-se de uma antologia poética diversificada, com textos que abordam temáticas de sua trajetória de vida, relacionamentos fraterno-afetivos e de seu amor aos lugares por onde passou e viveu. Há textos concretos em que os jogos de palavras traduzem desejos do poeta e denuncia aspectos desumanos da sociedade. Por meio deste livro o poeta não tem a intenção de ser perfeito, mas almeja ser um bom exemplo de ser humano, pois sua história é tecida com fios de orgulho e agulhas de saudade.

Britânia sob o olhar jeffersoniano...

No planeta não imaginam,
Na América é desconhecida,
No Brasil com ela sonham,
Mas em Goiás é que és viva.


Tornou-se musa dos carnavais,
A inspiração dos poetas,
És rica em recursos naturais
És a obra-prima de um profeta.

(Fragmento do poema Britânia lemb[he]ranças)

     Com sua inspiração racionalizada já publicou poemas e contos em coletâneas como no livro “Unimulplicidade” em que publicou o conto Stela Maris: a guardiã de estrelas e o poema Desencontos: Desenhando contos, além de crônicas nas páginas do jornal “O Vilaboense” e outros textos na recente obra “Desafio Poético VI: no Brasil das diferenças o Desafio pratica a solidariedade, vive poesias e conquista fronteiras” publicada no dia 21 de setembro de 2010.

     Suas materializações poéticas trazem lembranças: da infância, o tempo que fugia de casa; da adolescência, o momento em que se apaixonou pela palavra dita e escrita; enquanto da sua juventude ainda emanam diariamente devaneios poéticos que são transformados linguisticamente em crônicas e poemas. Para Jefferson

SER, SENTIR-SE E FAZER-SE POETA...

É ter a sensibilidade feminina,
A racionalidade masculina
E a sutileza de uma rima.

     Visando aprimorar conhecimentos e como resultado de uma parceria entre as cidades de Goiás-Brasil e Seia-Portugal recebeu, como mérito por seus estudos, uma viagem a Portugal, onde realizou o intercâmbio cultural, que serviu de grande valia na qualificação do seu desempenho pessoal e profissional, principalmente em âmbito cultural, abrangendo os setores: turístico, gastronômico e linguístico-literato.

“Insônico”, dinâmico, criativo, indeciso, esquecido e extremamente sensitivo atuou e atua em áreas distintas:

- Como Professor: Língua Portuguesa no setor público e/ou particular, Noções de Conhecimentos Linguísticos no Ensino Pré-vestibular e com correções de produções textuais.

- Como Colunista e Assessor Redacional: escreveu para o Jornal “O Vilaboense” da Cidade de Goiás, Seção “As[p]as avulsas”, produzindo textos como crônicas, artigos sobre o uso do português ou de pequenas biografias de personalidades. Elabora correspondências para instituições de ensino, além disso, colabora com site: www.comunidadefamiliacrista.org/goiania.

     Mara Publio, Professora, Tradutora e Membro da Academia de Letras e Artes de Goiás, afirma que Jefferson “guarda em si um pouco de tudo que experimentou. É especial como pessoa. É iluminado como arauto do seu tempo. E está certo quando diz: “Não quero ser poeta / de verso não publicado.”

Pai

 Pai tem o cheiro do asfalto molhado


Que eu amo....


Pai é como o pingo da água largado

Que eu sinto....


Pai é como as nuvens ainda fechadas

Que eu aprecio...


Pai é como brisa da manhã

Que eu respiro...


Pai é como pele-tatuagem

Que eu transpiro...


Pai é como o silêncio-mudo

Que eu me inspiro...


Pai é como sorriso-fungado

Que eu não controlo...


Pai é como sinestesia da alma

Que eu me perco....


Pai é como lembranças de infância

Que eu nunca esqueço...


Pai é como relicário humano

Que eu não troco...


Pai tem lágrimas desmanchadas

Que eu nunca vejo...


Pai é como o meu de muitos filhos...

Que aprendi a dividir.


quinta-feira, 17 de março de 2011

QUEM SOU COMO PROFESSOR APRENDIZ?

   Ser, sentir-se e se fazer Professor: um eterno desafio. Lecionar é fazer do comum algo extremamente interessante para o aluno; do complexo, o estímulo da descoberta, ou seja, o docente é um eterno sedutor, capaz de envolver com sabedoria seus alunos e se manter constantemente atualizado. Por esse fator eu, assim como muitos professores somos eternos aprendizes.

     Muitos professores que buscam formação contínua e aprimoramento profissional frustram-se nessa trajetória ilimitada do ato de ensinar, em virtude da falta de tempo, excesso de trabalho ou por dificuldades impostas pelas instituições de ensino em que estão inseridos.

     No entanto, ser profissional perpassa diferentes áreas do conhecimentos, em relação a formação acadêmica e pós-acadêmica. Nessas etapas almejava ser conquistador de uma vaga no mercado de trabalho, e, em seguida, não queria ser somente mais um na rede pública de ensino, mas – o professor. Como isso acontece ou ainda vai acontecer? As oportunidades que irão responder essa questão, juntamente com meu poder de decisivo de tomada de posição.

     A prática docente que procuro desenvolver é criativo-interativa com abordagens culturais pautadas nas manifestações racionais, artísticas e humanas dos indivíduos, assim para a área de Português, por exemplo, o conteúdo é a vida, a língua o objeto de estudo, por isso o ato de ensinar torna-se tão confortável e prazeroso, pois ambos estão presentes no cotidiano dos alunos.

     O que não podemos esquecer é que ensinar é algo de pele e precisamos tê-la se desejamos ser professores de verdade.

     Se a vida é incerta, a do professor é mais dinâmica do que a maioria pensa. Surgem cotidianamente novos métodos de ensino, desafios mirabolantes e tecnologias inovadoras. Para tal situação, compete a cada docente descobrir e desenvolver suas habilidades por meio de estudo investigativo, testes didáticos em sala de aula e uma alma investigativa de reflexão e autoanálise.

     Nessa vertente, a sociedade sempre acredita ser pouca a competência de um professor, mas é árdua sua rotina e além da formação continuada precisa ter uma sabedoria organizacional sobre-humana para driblar as “sete vidas” que tem. Ser pai, filho, esposo, amigo, profissional, pesquisador, aprendiz, e, principalmente, ser alguém que tem vida e personalidade própria. Por isso, ser , sentir-se e se fazer Professor é ser um em muitos e atender a muitos sendo apenas um.

    Todos essas exigências profissionais adquiridas nos meus anos de docência ampliaram minhas relações interpessoais, que individualmente agregam valor ao meu processo de formação pessoal e profissional, por meio das experiências desenvolvidas dentro dessa diversidade cultural que se chama - educação. Assim, meu dinamismo e criatividade como profissional são evidenciados pela versatilidade de conhecimentos que busco, compondo o meu diferencial no sistema público de ensino contemporâneo.