segunda-feira, 21 de março de 2011

Pai

 Pai tem o cheiro do asfalto molhado


Que eu amo....


Pai é como o pingo da água largado

Que eu sinto....


Pai é como as nuvens ainda fechadas

Que eu aprecio...


Pai é como brisa da manhã

Que eu respiro...


Pai é como pele-tatuagem

Que eu transpiro...


Pai é como o silêncio-mudo

Que eu me inspiro...


Pai é como sorriso-fungado

Que eu não controlo...


Pai é como sinestesia da alma

Que eu me perco....


Pai é como lembranças de infância

Que eu nunca esqueço...


Pai é como relicário humano

Que eu não troco...


Pai tem lágrimas desmanchadas

Que eu nunca vejo...


Pai é como o meu de muitos filhos...

Que aprendi a dividir.


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